Um objecto para ler

Sou quadrado e pesado,
formatado toscamente pelo acaso.
A cor da armadura
à muito da memória se perdeu
ou se embutiu e desapareceu.
Melhor assim, pois nada perdura

Quem sou eu? Sou velho?
Ou fazem de mim velho?
Sim, serei aos olhos distraídos!
Que importa não ser compreendido?
Eu próprio nunca me darei por vencido,
e dos olhares fugazes não sigo juízos.

Sou uma pilha repleta de vida,
uma alma escrita rejuvenescida.
Pois cada página que se preenche
mais me enche e alimenta a essência
Sim, sou um livro fechado e contente,
com histórias para portadores de paciência.

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