Uma punição evitável

As vozes sussurravam!
Os olhos viam enquanto pestanejavam!
O cérebro fervilhava de actividade,
Num turbilhão que antecipava a inevitabilidade
De algo que não pode ser previsto,
Mas que podia ser, de antemão, visto.

Dentes tragam palavras,
Línguas dançam aos sons
Dos invejados dons.
Tecem-se as malhas
E perscrutam-se as falhas
Para tornar funesta
A mais bela intenção.
Esquecendo tudo o resto
Recorre-se à punição…

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