Caí num poço.
Caí no escuro,
Nada vejo ou ouço.
A textura do muro
É só o que sinto
Quando nele me encosto
Enquanto o medo finto,
E na esperança aposto.
Tentarei ser forte,
Mesmo que minta.
Tentarei a minha sorte.
Escalarei rumo à pinta
Luminosa que espero
Alargar no topo em luz.
Caio de novo, espero e recupero.
Relembro-me, por momentos, da esquecida cruz.
Reconforto-me na esperança,
Recarrego a confiança.
Neste lugar escuro e húmido,
Neste lugar odiado e temido,
Neste cárcere contrariamente assumido
Não será onde terei o meu último gemido.
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