Espera sem espera

Espera-me o tempo da incerteza,
Demorando a passar cada evento,
Cada momento longo além do desejado.
Fico enfeitado de tédio escorrendo marasmo,
Enquanto espero por um posicionamento
Que me oriente para o contentamento.

De um momento para o outro tudo pode acontecer.
Tudo pode não dar em nada,
E nada continuar a ser o tudo que espero.
Preciso de não ter de esperar.
Preciso de avançar, mesmo que seja para trás.

O fim dos tempos é uma mitologia
Em que não creio porque nunca chega,
Porque o tempo não progride, não muda.
Tudo se estagna e persiste,
Liquidamemte sem forma
E sem o molde que lhe quero dar.

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